ABSTRACT
Foi determinado o VDRL em 94 por cento (1793) de 1.906 neonatos nascidos na Maternidade do HUB - HOSPITAL UNIVERSITARIO DE BRAS+LIA de novembro de 1986 a outubro de 1987. Entre as mäes destes recém-nascidos 93 por cento (1.733) receberam alguma assistência pré-natal, sendo que 68 por cento (1.311) compareceram a cinco consultas; dentre estas, 40,8 por cento (537) informaram ter tido o resultado do VDRL negativo e 1,6 por centro que foi positivo. No grupo que fez entre três a quatro consultas 26,8 por cento (92) informaram que o resultado foi negativo e 1,7 por cento (6) que foi positivo. No grupo entre zero e duas consultas, 92,8 por cento näo tinham informaçöes sobre o resultado. Observou-se uma associaçäo significativa entre o número de consultas no pré-natal e o conhecimento do resultado da sorologia. A educaçäo para saúde sobre sífilis foi realizada com 21,8 por cento (335) das mäes e houve uma associaçäo significativa com um número de consultas. Vinte e oito mäes informaram que o resultado do VDRL foi reagente durante a gestaçäo e vinte e cinco destas disseram ter sido medicadas com Penicilina Benzatina. A prevalência de VDRL positivo no sangue do cordäo umbilical foi de 1,2 por cento (22). Näo houve associaçäo entre a positividade da sorologia e o peso de nascimento e idade gestacional. O VDRL realizado no líquor foi negativo. Observou-se periostite, no Raio X de ossos em um caso e dois neonatos tiveram quadro clínico sugestivo de sífilis congênita. Concluiu-se que alta prevalência de VDRL positivo no recém-nascido requer uma maior vigilância no controle da sífilis congênita